sexta-feira, 6 de junho de 2014

Irã bane o WhatsApp por causa do "americano sionista" Mark Zuckerberg


O serviço de troca de mensagens entre dispositivos móveis foi bloqueado pelas autoridades locais.

Como já é de conhecimento comum, há uma espécie de “cabo de guerra” entre o governo do Irã e os usuários de internet do país. A prova disso é que, segundo o jornal israelense Haaretz, os censores iranianos proibiram os cidadãos de usar mais uma ferramenta de comunicação.

O WhatsApp, o aplicativo para a troca de mensagens entre dispositivos móveis mais popular do mundo, foi bloqueado pelas autoridades iranianas recentemente. Adquirido há alguns meses pelo Facebook, ele era a maneira encontrada para as pessoas se comunicarem com os seus conhecidos que estão fora do país, mas o Comitê de Crimes de Internet do Irã decidiu bani-lo.

E qual o motivo poderia haver para essa medida? Aparentemente a culpa é de Mark Zuckerberg. “A razão dessa medida é a aquisição do WhatsApp pelo fundador do Facebook, Mark Zuckerberg”, afirma Abdolsamad Khorramabadi, chefe do comitê citado anteriormente.

De acordo com o jornal, a causa concreta do bloqueio do WhatsApp está no fato de Zuckerberg ser um “americano sionista”. O Sionismo é um movimento político e filosófico que defende o direito à autodeterminação do povo judeu e também à existência de um Estado Nacional Judaico independente e soberano no território onde existiu historicamente o antigo Reino de Israel.

Censura crescente

Esse fato pode ser apenas um dos indícios que o Irã pretende limitar a conectividade de dados em serviços baseados na internet e implementar o Net Halal, uma intranet nacional censurada e desenvolvida pelo pais. O rastreamento de informações no Irã se tornou uma das prioridades após os distúrbios em 2009 e 2011.

Vale lembrar que atualmente Mark detém menos de 30% do Facebook — que também conta com acessibilidade limitada no país, juntamente com outras grandes redes sociais, como o Instagram, o Twitter, o Viber, o YouTube e outras. Além disso, vários funcionários do governo também são usuários desses serviços e redes sociais citados.


Fonte: Fox News, Phonearena, Engadget
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