Muita gente joga. Alguns mais, outros menos. Mas existe uma parcela grande de apaixonados por videogames e para estes, a plataforma é o que menos importa – a ideia é simplesmente jogar: seja no console, no computador ou até no tablet ou smartphone. Na verdade, são dois fatores que separam os principais perfis de gamers: tempo e dinheiro. Ou seja, a maioria não pode ter todos os videogames disponíveis no mercado e nem jogar 24 horas por dia...
Exatamente por tempo ou dinheiro, a maioria dos apaixonados por games acaba optando por uma plataforma principal – o console ou o computador. Claro, para os mais frenéticos, o portátil ou smartphone fica ali, sempre por perto, mas mais para um jogo casual.
"No PC tem jogadores casuais, hardcores, superhardcores, no console também tem e até no celular tem as pessoas que passam a vida jogando Angry Birds. Dentro das plataformas há perfis muito diferentes. Naturalmente, como muito mais pessoas têm computadores do que consoles, a diversidade é muito maior, como a 'tiazinha' jogando cartas, tem alguém no Facebook cuidando da fazenda. Então há muitos perfis diferentes", afirma André Forastieri, diretor de conteúdo da Tambor Digital.
Uma tendência que vem crescendo muito nos games nos computadores, além de jogos disponíveis online na internet e outros mais casuais, são os “free to play” – games de grande porte totalmente de graça na rede. E isso, claro, tem atraído bastante gente que não tem muita grana para gastar.
"Este tipo de jogo é para o PC e está crescendo muito no mundo inteiro. Há perfil típico da pessoa que joga estes games, que é mais jovem, tem menos dinheiro. Há uma característica diferente para este modelo que está crescendo muito", explica Forastieri, comparando com os games gratuitos para celular, que o jogador só paga conforme compra itens opcionais. "No console, o que ainda domina é o jogo pago que você desembolsa para jogar, mas continua jogando online com os amigos", completa.
Ainda em relação ao seu bolso, sim, escolher entre um console e um PC exclusivo para jogar faz muita diferença.
"Para quem quer ter uma grande experiência de jogo, é mais barato pagar entre R$ 800 a R$ 1 mil por um console, porque um PC de R$ 1 mil não dá para jogar de jeito nenhum", afirma Forastieri.
A diferença é que muitos dos que investem em um supercomputador para jogar acabam utilizando a máquina também como “parque de diversões digitais”; assim, além de jogar, usam o PC como central multimídia – com um monitor grande para ver filmes e se divertir. O controle também é um investimento à parte. Enquanto os consoles já vêm com controles dedicados, jogar no PC com mouse e teclado não é a mesma coisa; ou seja, é preciso colocar mais uma graninha para adquirir acessórios ideais para jogar.
Em questão de títulos, a disparidade quase não existe. Os principais títulos, das maiores produtoras mundiais, são lançados simultaneamente para Windows, Xbox e Playstation. Ninguém fica de fora.
Quem joga conhece e sabe que os games estão se tornando cada vez mais sociais. O Xbox e o Playstation têm suas próprias redes; a Live e a PSN; que permitem que o usuário converse com amigos, baixe demos e tenha acesso a um mundo paralelo de entretenimento. Mas e no computador?
"O que é forte hoje são os 'MMO's, os jogos de multiplayer massivos. Então dentro do World of Warcraft, dentro do League of Legends, dentro destas grandes redes há muito relacionamento entre as pessoas. O que não há é relacionamento de um jogo para o outro. É muito distante ainda", conta Forastieri.
Resumindo, as últimas gerações de consoles – principalmente Xbox e Playstation – são na verdade computadores pensados com um propósito: entretenimento. Já o PC não é desenvolvido para uma tarefa específica. Você pode até usá-lo apenas para jogar, mas sabe que pode fazer muito mais do que isso. Resumindo: na ponta do lápis, para ter a mesma performance e experiência, os consoles são bem mais baratos, mas um super PC oferece recursos similares e ainda pode servir para outras coisas...
E você, onde joga? Deixe sua opinião nos comentários e bons jogos!
Fonte: Olhar Digital
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