segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Xiaomi: como a nova gigante chinesa quer dominar o mundo dos celulares






Saiba mais sobre a empresa que vende smartphones com alto padrão por um preço acessível.



Enquanto o nome de grandes empresas de smartphones vem facilmente à mente de várias pessoas, a Xiaomi não é o que pode ser considerado como uma marca famosa, ao menos por enquanto. Inclusive, parece até mais difícil pensar que uma companhia chinesa de gadgets pode competir com as marcas já estabelecidas no mercado.

A Xiaomi, cujo nome em mandarim significa “grãozinho de arroz” (em uma tradução livre), fabrica dispositivos com Android a preços baixos e tem muitos “fãs” na sua terra natal. Porém, como até o presente momento ela mantinha o foco no mercado asiático, especificamente na China, em Hong Kong e na Tailândia, a corporação não é largamente conhecida mundo afora.

No entanto, a recente contratação de Hugo Barra (antigo funcionário da Google, conhecido como “a cara do Android”) como o seu vice-presidente mostra as pretensões da empresa em expandir o seu mercado consumidor. Mas o que torna a companhia tão querida na China será explicado nos tópicos a seguir, começando pela fundação da Xiaomi.

Um breve resumo sobre a Xiaomi


A Xiaomi é uma empresa chinesa que projeta, desenvolve e vende smartphones que utilizam como base o sistema operacional Android. A companhia foi fundada em 6 de junho de 2010 por Lei Jun, um dos investidores. Até o momento, a área de atuação da Xiaomi é o mercado chinês, e a empresa foi apelidada como a “Apple do Oriente” pela imprensa.

A companhia conta, até o momento, com 2.400 funcionários e um rendimento anual de aproximadamente US$ 2 bilhões. Outro fato interessante é que mesmo a empresa possuindo apenas três anos de vida, já está avaliada em aproximadamente US$ 10 bilhões. A Xiaomi teve o seu primeiro produto lançado em Agosto de 2011, um telefone celular conhecido como Mi1.





O mais surpreendente na ocasião foi que o estoque do aparelho se esgotou em apenas dois dias. Em agosto de 2012, a companhia lançou o seu segundo modelo, o Mi-2, repetindo o sucesso nas vendas e finalizando o estoque inicial em pouquíssimo tempo (agora, também com as versões 2A e 2S). Atualmente, a Xiaomi já lançou um produto conhecido como Red Rice e, também anunciou o Mi-3, ambos com especificações bem robustas.

A interface adotada pelos smartphones da empresa, a MIUI, também se tornou bastante popular, especialmente por ser largamente personalizada, algo que normalmente chama muito a atenção dos consumidores. Adicionalmente, ela recebe atualizações constantemente, com adaptações sugeridas nos feedbacks recebidos pela Xiaomi.





Além disso, a companhia também iniciou a sua expansão em produtos com o anúncio da sua primeira Smart TV. A Xiaomi possui entre os seus funcionários ex-colaboradores da Microsoft e da Motorola e, recentemente, contratou Hugo Barra, que antes era o diretor de produtos da Google para a plataforma Android, como o seu vice-presidente.

De acordo com o CEO da companhia, Lei Jun, até a primeira metade de 2013 a Xiaomi já havia dobrado os lucros obtidos com vendas no ano de 2012 e é esperado que a corporação ultrapasse a marca de US$ 20 milhões em vendas até o final do ano. Embora atualmente a empresa não seja ainda muito conhecida fora da China, ela pretende, em breve, alcançar os mercados internacionais.
Qualidade e preço baixo

Embora Lei Jun encoraje a comparação com a companhia da Maçã (porém deixando claro que eles não são uma “copiadora” de produtos), a filosofia principal da empresa está em oferecer aparelhos de alta qualidade a preços mais baixos. Mesmo que outras corporações chinesas, como a Huawei e a Lenovo vendam mais smartphones do que a Xiaomi, o hardware delas não pode nem sequer ser considerado competição ao que a nova gigante oferece.

Pode-se dizer que a empresa quebrou paradigmas ao lançar os seus produtos, provando que você não precisa cobrar caro para obter lucros. Alguns exemplos estão no Red Rice, que conta com um processador quad-core MediaTek, tela Gorilla Glass 2 de 4,7 polegadas de 720p (312 ppi), 1 GB de memória RAM e 4 GB de espaço de armazenamento. Ele tem uma câmera traseira de 8 megapixels e roda Android com interface MIUI. Tudo pelo preço de US$ 130.





Mesmo o smartphone mais recente da companhia, o Mi-3, com especificações também impressionantes, tem como valor de mercado US$ 327. A empresa manteve a coerência nos valores praticados também com o anúncio de outros produtos. Recentemente, a Xiaomi divulgou a sua primeira Smart TV, com 47 polegadas, tecnologia 3D e utilizando como plataforma o Android, com suporte a streaming de programas e o uso de jogos, pelo valor de US$ 490.

Por ter o seu foco na qualidade do hardware, mas com preços acessíveis, a Xiaomi conquista não só os consumidores que procuram produtos com baixo custo, mas também aqueles que reconhecem a robustez dos smartphones. Segundo a empresa de análises TrendForce, a Xiaomi possui uma estratégia de mercado diferente, o que torna possível a sua prática de valores para os produtos.

Possivelmente, um dos próximos passos da empresa estará em combinar as experiências obtidas com o trabalho realizado até agora e fazer algumas adaptações para alcançar o público consumidor em outras partes do mundo.

Fonte: TecMundo
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